O Instituto Médico Legal de São Paulo concluiu que as vítimas do voo 2283 da Voepass, que caiu em Vinhedo, São Paulo, na sexta-feira (9), morreram de forma instantânea, no momento em que o aparelho tocou no solo.
“Todas as vítimas tiveram politraumatismo e morreram de forma instantânea. As vítimas que tiveram algum nível de queimadura foi pós-morte”, afirmou Vladimir dos Reis, diretor do Instituto Médico Legal, destacando que não há hipótese de alguma das vítimas ter sofrido uma parada cardíaca durante a queda.
“A morte de todos os passageiros ocorreu no momento em que a aeronave tocou no chão”, reforçou.
Vale lembrar que o avião acidentado, um bimotor modelo ATR-72-500, de fabricação francesa, fazia o trajeto entre a cidade de Cascavel e São Paulo, com 58 passageiros e quatro tripulantes a bordo, e caiu quando faltavam cerca de 80 quilômetros para chegar ao destino.
Até o momento foram identificados 27 corpos, tendo as famílias destes sido informadas e recebido uma declaração de óbito.
Apesar de se chocar com o solo de uma uma área residencial, o avião caiu nos quintais sem atingir nenhuma edificação nem provocar mais vítimas.
Após a tragédia, familiares e amigos vieram denunciar aquilo que consideram ter-se tratado de um acidente previsível. Alguns dos passageiros terão, após entrar a bordo, denunciado as más condições da aeronave.
As causas exatas, porém, ainda não foram estabelecidas. No domingo, as autoridades confirmaram que as informações contidas nas caixas-pretas do avião já tinham sido recuperadas pelos técnicos responsáveis pela investigação.
As duas caixas-pretas, uma para voz com conversas na cabine e outra para dados com todas as informações do voo, foram recuperadas na noite de sexta-feira e enviadas no sábado para o principal laboratório do Cenipa, em Brasília.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), tanto a aeronave quanto a tripulação estavam em condições normais de operação e com todos os certificados exigidos atualizados.
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