Palmeiras e São Paulo voltam a se enfrentar três meses após o duelo nas quartas de final da Copa do Brasil. A classificação da equipe de Dorival Júnior na ocasião evidenciou o retrospecto recente no clássico Choque-Rei: desde que Abel Ferreira chegou ao País, o time tricolor é o que mais o atrapalhou. Nesta quarta-feira, a partir das 20h (horário de Brasília), no Allianz Parque, o São Paulo quer provar mais uma vez que é o algoz do treinador e do Palmeiras.
Técnico palmeirense desde outubro de 2020 e prestes a completar três anos de casa, segunda-feira, Abel tem o São Paulo como principal carrasco. Dos 19 duelos, somando todas as competições em que se encontraram (Campeonato Paulista, Brasileirão e Copa do Brasil), a equipe tricolor, hoje comandada por Dorival Júnior, saiu vitoriosa em sete. Somando os clássicos com os demais rivais paulistas (Santos e Corinthians), Abel só perdeu outros dois.
Neste ano, foram quatro encontros, com duas vitórias são-paulinas – ambas válidas pelas quartas de final da Copa do Brasil -, um empate no Paulistão e uma vitória palmeirense, pelo Brasileirão. Com o caminho da vitória claro, Dorival Júnior deve mandar a campo um time com força máxima, a fim de encerrar um jejum incômodo: a falta de vitórias no Brasileirão.
Até a 28ª rodada, o time de Dorival ainda não triunfou longe do Morumbi. São seis empates e sete derrotas até aqui no ano. Só o América-MG, lanterna do Brasileirão, tem um desempenho pior: os mesmo seis empates, mas com oito derrotas. Por outro lado, o retrospecto recente de Dorival Júnior em clássicos à frente do São Paulo pode servir de ânimo para o torcedor acreditar no triunfo.
Desde que assumiu o comando do time, no final de abril, disputou oito clássicos. Cinco vitórias, já considerando as duas diante do Palmeiras na Copa do Brasil, um empate e apenas duas derrotas. Com 38 pontos no Brasileirão, o time ocupa a 10ª colocação do Brasileirão e busca se afastar de vez da briga contra o rebaixamento. A distância em relação à zona de rebaixamento é de oito pontos.
CRISE ALVIVERDE
Se para o São Paulo o clima é de otimismo apesar do jejum – muito por causa do título inédito da Copa do Brasil, que já garantiu a vaga da equipe na Libertadores de 2024 -, o Palmeiras vive uma crise em sua diretoria que afeta diretamente o elenco. Leila Pereira, presidente alviverde, é questionada por decisões recentes e poucos investimentos na temporada; nas últimas semanas, foi foco de manifestações da torcida palmeirense e das organizadas.
Nos últimos dez jogos, somou duas vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Nessa sequência, foi eliminado da semifinal da Libertadores pelo Boca Juniors e viu a distância para o líder Botafogo aumentar no Brasileirão. Foram seis gols marcados e oito sofridos no período. Nesta segunda-feira, 23, Leila discursou para conselheiros do clube na reunião do Conselho Deliberativo.
Na última rodada, voltou a vencer. O triunfo por 2 a 0 sobre o Coritiba foi o primeiro de Abel Ferreira desde setembro. O clube chegou a quatro jogos seguidos com derrota no Brasileirão, pior marca do português desde que assumiu o comando alviverde.
“É sempre difícil perder como foi nesta última sequência nossa, mas fizemos um jogo bom fora de casa e isso vai dar confiança para o time. Fazemos as coisas da melhor forma, trabalhando bem, e vamos continuar nesta pegada na quarta-feira, em casa, com o apoio da nossa torcida”, afirmou o volante Richard Ríos, que chegou à marca de 43 jogos pelo Palmeiras neste ano. “Vamos dar o nosso melhor dentro de campo para sair com os três pontos.”
Abel Ferreira retorna à beira do campo nesta quarta após dois jogos suspensos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Endrick, que cumpriu suspensão contra o Coritiba, também estará à disposição no clássico. Quarto colocado do Brasileirão com 47 pontos – 12 atrás do líder Botafogo -, o Palmeiras almeja a classificação direta para a Libertadores.
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