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Obras de acesso a Congonhas devem começar no segundo semestre de 2024

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As obras várias para tentar amenizar o impacto para quem chega de carro ao aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, devem começar no segundo semestre de 2024.

A informação foi dada por Santiago Yus, diretor-presidente da Aena, empresa espanhola que assumiu a concessão de Congonhas nesta terça-feira (17), em entrevista coletiva no aeroporto.

O início das operações ocorreu em uma manhã chuvosa e com trânsito pesado na chegada ao aeroporto. O engenheiro João Antônio Nunes Gouveia, 32, que embarcaria no início da tarde para o Rio de Janeiro, disse que foi impossível chegar ao local com antecedência e conta que levou cerca de 20 minutos entre as avenidas 23 de Maio e Washington Luís, no entorno de Congonhas.

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“Eu via os aviões passarem baixo em cima do Uber, e a gente não chegava”, disse o passageiro, que também reclamou de ter tomado chuva ao descer do carro de aplicativo.

Sem ainda mostrar um projeto, que deve ser apresentado até o fim do ano à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), com as mudanças na infraestrutura interna e externa do aeroporto, Yus afirmou que será feito um novo local para embarque e desembarque por carros de aplicativo -60% dos passageiros usam esse meio de transporte para chegar ou sair de Congonhas.
A Aena afirma que já está em negociações com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para mudanças viárias no entorno.

O acesso aos carros de aplicativo no piso inferior do aeroporto é confuso e sem orientação, tanto de trânsito como para passageiros. No início da tarde desta terça, a professora Verônica Souza Lima, 27, reclamava dos motoristas que cancelavam a corrida quando o aplicativo mostrava que estavam próximos de onde ela esperava.

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“Acho que eles não me encontram aqui por causa dessa confusão e desistem, dá até raiva”, afirmou.

Por volta das 13h, um agente da CET observava o entra e sai de carros e passageiros que passavam entre eles para tentar identificar o motorista certo, mas sem organizar o trânsito.

Outras obras estruturais devem ser feitas em até 60 meses. Entre elas estão a construção de um novo terminal e a ampliação da sala de embarque remoto, usada por passageiros que chegam aos aviões de ônibus.

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O número de pontes de embarque deve passar de 12 para 20 com a construção do novo terminal. Juntos, o terminal atual e o novo, que serão integrados, devem somar 80 mil metros quadrados.

As mudanças no acesso viário são consideradas de curto prazo, e a estimativa é que fiquem prontas em 2026.

Congonhas faz parte de um lote com 11 aeroportos arrematado pela Aena. A expectativa é investir R$ 3 bilhões em todos eles. Para o ano que vem estão previstos R$ 150 milhões em gastos nos 11 aeroportos, em obras como as de mudança viária em Congonhas.

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PRIMEIRO DIA

O primeiro voo a chegar a Congonhas sob a gestão privada veio de Recife. O avião da Gol pousou em São Paulo às 6h03 desta terça. A primeira decolagem, um voo da Azul com destino a Belo Horizonte, ocorreu às 6h09.

Mesmo com a chuva, Kleber Meira, novo diretor do aeroporto, afirmou que houve 95% de regularidade nos pousos e decolagens e o mesmo percentual de pontualidade. Até as 9h, 94 voos haviam chegado ou partido de Congonhas, com 14 mil passageiros. Para esta terça estão previstas 590 operações no aeroporto.

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No saguão, passageiros reclamavam do novo painel de informações de voos, difícil de enxergar. Questionado, Yus admitiu que a concessionária terá de melhorar o serviço.

Como uma espécie de cartão de visitas, vários luminosos em verde destacam a marca da empresa espanhola com a informação de que assumiu o aeroporto.

Desde segunda (16), passageiros podem fazer consultas sobre seus voos no site da Aena, e não mais no portal da Infraero, estatal que administrou o aeroporto até então.

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