O avanço de 1,9% na indústria de São Paulo em abril ante março mais do que recupera a perda de 0,4% acumulada nos dois meses anteriores de quedas consecutivas. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos primeiros quatro meses de 2024, na série com ajuste sazonal, a produção industrial paulista teve elevação em dois: janeiro (+1,1%); fevereiro (-0,1%); março (-0,3%); e abril (+1,9%).
“Maior parque industrial do país, São Paulo foi o segundo local em influência positiva”, apontou o IBGE.
Em abril ante março, a melhora na indústria paulista foi puxada pelo bom desempenho dos setores de alimentos, de derivados do petróleo e de veículos.
A indústria de São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional. Na média global, a indústria brasileira recuou 0,5% em abril ante março, com perdas concentradas em apenas cinco das 15 regiões pesquisadas.
A maior contribuição positiva para a média nacional em abril partiu do Paraná, com avanço de 12,8%, após acumular perda de 12,6% nos meses de março e fevereiro. O avanço local foi impulsionado pelo setor de derivados do petróleo, indústria de alimentos e de veículos.
“A alta é a mais intensa desde setembro de 2020, quando cresceu 13,5% em um momento de recuperação da indústria após os primeiros meses da pandemia de covid-19, com afrouxamento do isolamento e do distanciamento social”, apontou Bernardo Almeida, analista da pesquisa do IBGE, em nota oficial.
Outro destaque positivo na pesquisa de abril foi Pernambuco, com alta de 12,2%, eliminando a queda de 3,5% registrada em março.
“O resultado foi influenciado pelos setores de veículos automotores e derivados do petróleo”, acrescentou Almeida.
Já o principal responsável pela média global negativa da indústria em abril ante março foi o Pará, com recuo de 11,2% puxado pela indústria extrativa.
“Trata-se de um local com maior concentração industrial no setor extrativo”, lembrou o pesquisador do IBGE.
A Bahia teve redução de 5,4% na produção, segunda principal influência negativa para a média nacional, devido a perdas nos setores de derivados do petróleo e produtos químicos.
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