A sensação aguda de dor ao ingerir alimentos gelados, quentes, doces ou ácidos pode ser mais do que apenas um incômodo momentâneo. A hipersensibilidade dentária, uma característica que afeta um número significativo de pessoas, pode atuar como um sinal de alerta para problemas da saúde bucal.
Segundo o coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, Ezequiel Ortiz Rosa, a hipersensibilidade dentária é uma resposta exacerbada a estímulos químicos, táteis e de temperatura que causam sensibilidade nos dentes. “Um conjunto de fatores podem ocasionar esse quadro, dentre elas, a exposição das raízes dentárias devido à retração da gengiva, cáries, fraturas de dentes e restaurações mal adaptadas ou desgastadas”.
A sensibilidade dentária está frequentemente associada a uma dor aguda ao ingerir alimentos ou bebidas frias, quentes, doces ou ácidas. O ato de escovar os dentes também pode desencadear essa sensação desconfortável.
Rosa explica que, devido à perda de proteção do esmalte dental, a polpa dentária torna-se mais suscetível à sensibilidade. Isso ocorre porque estímulos térmicos ou a alimentos entram diretamente em contato com a polpa, gerando imediatamente estímulos dolorosos nos dentes desprotegidos.
“Há casos em que a hipersensibilidade dentária pode ser temporária, desaparecendo rapidamente após o contato com alimentos quentes ou frios, sem causar dor aguda. Nesses casos, não é considerada hipersensibilidade dentária, mas sim uma sensibilidade comum”, explica o dentista.
Ezequiel orienta que a hipersensibilidade dentária pode indicar problemas mais graves quando interfere significativamente na ingestão de alimentos e bebidas devido à sua temperatura, quando a escovação causa dor intensa e quando os sintomas excessivos afetam a qualidade de vida do paciente.
O tratamento eficaz da hipersensibilidade dentária começa com a identificação e eliminação da causa raiz. Isso pode envolver a necessidade de refazer restaurações, remover raízes expostas devido à retração gengival e usar pastas de dentes e enxaguantes bucais específicos para o tratamento da hipersensibilidade.
Para o tratamento, o professor aponta que é indispensável descobrir o motivo da causa para que possa ser eliminado o agente causador. “No caso de uma restauração fraturada ou mal adaptada, a mesma deve ser refeita, remover raízes expostas devido à retração gengival e usar pastas de dentes e enxaguantes bucais específicos para o tratamento da hipersensibilidade”.
A hipersensibilidade dentária também pode ser um indicativo de uma condição de saúde mais séria. “Pacientes com sinal de inflamação da polpa dentária podem acarretar a necessidade de um tratamento endodôntico. Além disso, esses casos também podem sinalizar a presença de lesões cervicais não cariosas, tornando o acompanhamento do cirurgião dentista crucial”.
Ezequiel Rosa enfatiza a importância de consultar um dentista para um diagnóstico preciso da hipersensibilidade dentária e um tratamento adequado. “O uso de medicamentos e produtos sem o acompanhamento do cirurgião dentista pode ser prejudicial ao paciente e piorar o quadro clínico”, finaliza.
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