A Delta Air Lines informou que planeja contratar 1,1 mil pilotos em 2024. O número é metade do contratado neste ano e no ano passado, em sinalização de que a onda de contratações está começando a desacelerar.
Em comunicado aos pilotos enviado nesta semana, a Delta afirmou que a meta é “elevada” em relação a um ano normal. “Lembre-se de que em qualquer outro ano, a contratação de 1.100 pilotos seria considerada um número incrivelmente alto”, disse a empresa no comunicado visto pelo The Wall Street Journal.
A Delta disse que suas projeções de contratação representam uma demanda “contínua, saudável e robusta” por pilotos. “O que prevemos para o próximo ano é um padrão de crescimento muito forte, embora mais normalizado, após dois anos de contratações excepcionalmente fortes”, afirmou a empresa.
As principais companhias aéreas norte-americanas têm contratado pilotos em ritmo recorde, a fim de acompanhar a rápida recuperação na demanda por viagens após a pandemia de covid-19. De acordo com a consultoria FAPA.aero, as empresas contrataram mais de 13 mil pilotos no ano passado e devem repetir o patamar neste ano.
As companhias aéreas, incluindo a Delta, dizem que a demanda por viagens vem se mantendo, mas o crescimento da indústria aérea está começando a diminuir, após mais de dois anos de rápida expansão. Isso poderia ajudar a aliviar a competição acirrada das companhias aéreas por pilotos e acelerar o fim de uma escassez que deixou alguns aviões paralisados e algumas pequenas cidades sem serviço aéreo.
Outras grandes companhias aéreas não delinearam planos específicos de contratação para o próximo ano, mas alguns analistas afirmam que a fase mais aguda da escassez de pilotos parece estar diminuindo à medida que as companhias aéreas recuperam o ritmo de contratações. “Salários mais elevados atraem recém-formados. As principais companhias aéreas estão começando a moderar os seus níveis de contratação”, escreveram analistas do Deutsche Bank em relatório.
A aérea econômica Spirit Airlines suspendeu o treinamento de novos pilotos contratados, citando seus planos de desacelerar o crescimento no próximo ano. A necessidade de novos pilotos por parte das companhias aéreas de carga também diminuiu devido à queda no volume de encomendas. Tudo isso provavelmente aliviará a pressão sobre as companhias aéreas regionais, que têm suportado o peso da escassez de pilotos em todo o setor já que os profissionais são atraídos pelos salários mais elevados das grandes empresas. Fonte: Dow Jones Newswires.
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