RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), fechou nesta terça-feira (26) um acordo com a Supervia para encerrar a participação da empresa na operação dos trens urbanos em até nove meses.
O acordo prevê um aporte de R$ 300 milhões pelos cofres estaduais na operação do sistema. A Supervia, por sua vez, se comprometeu a quitar R$ 150 milhões em dívidas com credores.
“Este acordo é mais um passo histórico desta gestão que prioriza o diálogo e o consenso e também acredita em políticas públicas bem feitas, que são capazes de entregar serviços públicos de qualidade à população. Nosso principal objetivo é modernizar o sistema de transporte público ferroviário, além de dar dignidade, conforto e previsibilidade ao serviço de trens urbanos”, disse o governador.
O período de transição tem prazo de seis meses, prorrogáveis por mais três. O governo prepara uma licitação para a contratação de uma nova operadora.
“Numa futura licitação, o estado vai buscar outro operador que possa produzir maiores índices de eficiência na prestação de serviço, dando dignidade ao transporte público”, afirmou o procurador-geral do Estado, Renan Saad.
Os problemas da concessionária se arrastam há mais de três ano, quando entrou em recuperação judicial. A crise se iniciou após a pandemia quando o número de passageiros caiu vertiginosamente e até hoje não se recuperou.
Em 2016, o sistema transportava cerca de 15 milhões de passageiros por ano. Este ano, a média caiu para 6,9 milhões até junho, segundo dados da Agetransp (agência reguladora do setor).
O sistema de trens urbanos atende 12 municípios da Região Metropolitana do Rio desde 1998. A malha ferroviária tem 270 km de extensão dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações.
A SuperVia foi criada pelo Consórcio Espanhol Bolsa 2000, então vencedor da licitação que recebeu do Governo do Rio de Janeiro a concessão por 25 anos, a partir de novembro de 1998.
Em 2011, a formação societária da SuperVia mudou com a compra de 60% da concessionária por um conglomerado empresarial brasileiro e 40% por um fundo de investimento estrangeiro parceiro. Com isso, o contrato de concessão da SuperVia foi prorrogado pelo estado por mais 25 anos, sendo válido até 2048.
A japonesa Gumi assumiu o controle acionário da SuperVia em 2019.
Leia Também: Presidente do PT rebate afirmação de Jojo Todynho sobre proposta milionária do PT
Mais histórias
Turma encontra mensagem em garrafa escrita por mãe de aluna 26 anos atrás
Prévia do IPCA sobe e pressiona BC por juros
Bet precisará de autorização para transferir dinheiro de apostador do exterior para o Brasil