SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O atacante Neymar sofreu uma entorse no joelho esquerdo na derrota por 2 a 0 do Brasil para o Uruguai, na noite de terça-feira (17), em Montevidéu, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A avaliação clínica preliminar dos médicos da seleção apontou suspeita de rompimento do ligamento cruzado anterior.
Exames de imagem que serão realizados quando diminuir o inchaço na região determinarão a gravidade exata do problema. Mas a reação do jogador de 31 anos ao lance -ele teve rotação anormal no joelho quando tentava apoiar o pé no gramado após contato de adversário e deixou o gramado carregado- tornou a preocupação grande.
Recém-contratado pelo Al Hilal, Neymar chegou à Arábia Saudita após uma série de temporadas no Paris Saint-Germain, da França, atrapalhadas por lesões. A pior foi uma fratura no dedinho do pé direito, em 2019, mas uma ruptura de ligamento do joelho tem o potencial de ser a mais grave de sua carreira.
O problema se deu no fim do primeiro tempo, quando o Brasil já perdia por 1 a 0. Os comandados de Fernando Diniz tiveram a posse da bola em boa parte do jogo, mas tiveram dificuldade em criar oportunidades claras de gol. Na primeira do Uruguai, aos 43 minutos, Darwin Núnez recebeu cruzamento de Araújo e cabeceou na rede.
A jogada surgiu em uma cobrança de lateral, assim como a do segundo gol. Aos 32 da etapa final, Darwin Núñez venceu a briga no corpo na área com Gabriel Magalhães e Casemiro e jogou a bola na direção da pequena área. De la Cruz bateu de primeira e matou as chances do adversário -que teve só uma oportunidade real, uma batida de falta de Rodrygo no travessão.
Chegou a gritar “olé” a entusiasmada torcida uruguaia no estádio Centenário. A formação celeste chegou aos sete pontos e assumiu a vice-liderança das Eliminatórias após quatro rodadas, atrás apenas da Argentina. O Brasil tem a mesma pontuação na tabela, mas fica atrás nos critérios de desempate.
Independentemente da classificação e da lesão de Neymar, foi um resultado significativo. O Brasil não perdia para o Uruguai desde 2001. Não perdia para o Uruguai por mais de um gol desde 1983. E não perdia qualquer jogo das Eliminatórias do Mundial fazia oito anos, com 37 partidas de invencibilidade.
“A gente tem que ser realista. Não jogamos bem, o momento não é bom, a gente precisa melhorar”, afirmou o volante Casemiro, cobrando uma assimilação rápida das ideias de Diniz -o interino até o próximo ano, quando a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) promete apresentar o italiano Carlo Ancelotti.
Leia Também: Brasil tem atuação desastrosa, Uruguai derruba tabu e Diniz perde a 1ª na seleção
Mais histórias
Seleção da Holanda descarta Depay em convocação para os últimos jogos do ano
Luana Bertolucci volta ao Orlando Pride, de Marta, após finalizar tratamento contra câncer
Flamengo descarta afastar Bruno Henrique e revela investigação do STJD